Traduzido por Marcos A. Dias

Musger MG19 b Steinadler

Os projetos originais estão ficando cada vez mais difíceis de conseguir, ou sou eu que estou ficando cada vez mais exigente?...
Desta vez, foi sobre tudo, o aspecto estético que me fez escolher este planador. As linhas são elegantes, asa baixa, grande diedro, um canopy amplo, estas características me fazem lembrar um warbird.
Alguns detalhes interessantes: aerofreios no extra/intradorso, um canopy articulado em duas partes, 2 painéis de controle, 2 pilotos...

O Musger MG19 existe em 2 versões: MG 19a e MG 19b. Eu estou mais inclinado em fazer a versão 19a com asas em gaivota, o único problema, é de se fazer uma versão maquete, onde o modelo original só existe na cor branco ou gelo, que a meu ver não é muito bonito, e além do mais existem 2 kits no comércio, já o 19b, somente algumas maquetes foram feitas.
Está decidido, na cor verde maça, o 19b me agrada muito, simples diedro, e que diedro!!!

 

Commander le Plan papier

Eu desenhei a planta em DAO com Autocad. A forma geral foi desenhada a partir de uma visão artística de Martin Simons. A escala usada foi a de 1/6, o que da uma envergadura de 2.93 m.


Amostra - Clique aqui para aumentar.

 

Características da maquete do Musger MG19b

Escala: 1/6
Envergadura: 293 cm
Comprimento: 134 cm
Superfície Alar: 57 dm²
Peso: 2900 g dos quais 40 g são de lastro.
Carga Alar: 50 g/dm²
Perfil: clark Y
Diedro: 5.4° por asa
V longitudinal: 2°
Centragem à 33 % - 105 mm do Bordo de ataque na raiz da asa

 

Para aguardar o modelo final, eu fiz uma maquete a 1/72.
 

 

Bom, vamos começar! Os cortes saíram de uma folha A4, impressos numa impressora doméstica, de praxe, eu colo os desenhos em uma cartolina, que servem de gabarito para desenhar as peças. As peças são realizadas em compensado leve de 3 mm.


1 de janeiro de 2005.

O recorte perfeito das peças garante uma montagem perfeita, cada caverna possui um suporte que apóia a estrutura sobre a mesa de trabalho, estes suportes serão retirados no final do processo, ou seja, após a colocação das longarinas, pois assim a estrutura já estará suficientemente sólida para deixar a base de trabalho, se observa também que foi feito um "tracejado" para fragilizar no momento de destacar os suportes. Eu sempre verifico a "seco" antes de colar as peças, assim eu evito dores de cabeça futuras.

 


3 de janeiro de 2005.

Uma vareta de é fixada sobre a mesa de trabalho, as cavernas são alinhadas sobre esta vareta e é colada a quilha inferior.
Cole em seguida as longarinas de pinho de 5x3, primeiro a parte da cabine (cavernas de 3 a 9) que são reforçadas por uma longarina maior, que vai da 1ª a 11ª caverna. Depois cole as longarinas das cavernas 1 a 13 e enfim da 7ª a 20ª caverna
.

 


10 de janeiro de 2005.

O diedro importante não permite a utilização de uma baioneta reta ou de guias inclinados no interior da asa, como a fuselagem não é larga, baionetas recortadas em duas sessões também seriam difíceis de serem usadas, então a ultima solução consiste em utilizar baionetas inclinadas, uma de cada lado da fuselagem.
As dimensões variam segundo o material utilizado ou encontrado no comercio especializado. No meu caso, eu utilizei como baioneta principal um tubo de 10 mm de fibra (tensor de windsurfe, obrigado Olivier) o tubo guia é feito de alumínio de 12/10 no interior, encontrado na loja de materias de construção Castorama, na parte traseira eu usei um fio de aço de 5 mm e para seu tubo guia, uma peça em latão de 6/5 na parte interna. Os suportes das baionetas serão colados nas cavernas 8 e 9 respectivamente.

 


12 de janeiro de 2005.

Nas nervuras da raiz da asa são feitos os furos de passagem em se respeitando as cotas da planta, antes de colá-las sobre o suporte das baionetas, verifique se tudo esta alinhado, usando as baionetas para testar ao alinhamento. Cole uma nervura depois à outra sempre verificando o alinhamento, eu uso o "olhar", a meu ver não há instrumento mais preciso.
Os suportes das baionetas são colados a seguir com cola epóxi lenta sobre as cavernas 8 e 9, e mais uma vez verifique o alinhamento usando as baionetas de fibra e de aço.

 

Observa-se aqui o tubo de passagem da antena, algumas pessoas devem perguntar: O que são aqueles dois pequenos tubos na parte traseira da cabine? R: Estes tubos fazem parte da dobradiça da porta de acesso ao local do kit de primeiros socorros, com é visto no modelo real.


 14 de janeiro de 2005.

 

 20 de janeiro de 2005.

O bordo de fuga das partes móveis dos comandos é feita em compensado de 1 mm, isto permite dar ao modelo uma estrutura sólida e que não se deformará durante a entelagem e ao mesmo tempo fina e leve.

A três partes são recortadas com uma borda mais ampla, somente as juntas são recortadas e coladas com precisão.

A colagem é feita com cianoacrilato, em se protegendo a planta com um filme plástico.
 

A forma final é retraçada com o uso de um gabarito, após a união das três partes, recortando e dando o acabamento com uma lixa.
 

 

A parte fixa da deriva é composta por nervuras de balsa de 2 mm, coladas sobre um montante de balsa leve de 10 mm, o conjunto é chapeado com balsa de 1.5 mm, o bordo de ataque (BA) é feito a partir de uma peça de balsa de 10 mm, colado com cola vinílica, a forma do BA é inicialmente obtida com uma mini plaina manual e em seguida com uma lixadeira manual.


23 de janeiro de 2005.

 

A parte móvel da deriva é construída a "mãos livres", com alguns retângulos de balsa de 2 mm, que  são colados ao cianoacrilato sobre um montante de balsa de 10 mm. O conjunto é lixado, as nervuras são chapeadas uma por uma com balsa leve colada mais uma vez ao cianoacrilato, o bordo de fuga é realizado com compensado, que  também recebe o chapeamento com balsa, assim, o conjunto será indeformável pela tensão do filme de entelagem.


28 de janeiro de 2005.

 

O estabilizador é construído seguindo o mesmo princípio da deriva, longarinas entalhadas, nervuras coladas a "mãos livres" e alinhadas ao esquadro (veja também os detalhes na página do Harbinger) um bloco de balsa dura é colado no centro da estrutura para se obter um apoio sólido.


5 de fevereiro de 2005.


 9 de fevereiro de 2005.

A parte móvel da deriva é construída da mesma forma que a da deriva.

Estas fotos em alta resolução - Pacote 1: 7.5 Mb

 

O comando do estabilizador é integrado dentro da fuselagem, através de um fio de aço de 2 mm dobrado em "L", uma esfera de um link do tipo "ball link " é soldada a extremidade do fio, e tudo é colado a parte móvel do estabilizador com cola epóxi, o conjunto é reforçado com tecido de fibra de vidro aplicado na parte central do comando.


  11 de fevereiro de 2005.

 

A fixação dos 3 servos a fuselagem é feita com tiras de fita Dual Lock da 3M. Este produto que eu não conhecia me foi enviado por Philippe Diacre. O sistema se com o velcro, mais é muito mais aderente. A fita já vem com uma face adesiva, ainda assim eu adicionei cola de contato no lado do servo e da base de fixação sobre o planador. Os servos são facilmente instalados e não se mexem mais, assim eu espero ;o)


  13 de fevereiro de 2005.

O gancho de reboque é feito a partir de um fio de aço de 1.5 mm, a parte fixa em aço é colada sobre a longarina, o sistema fica escondido no interior do nariz do planador, que terá somente uma passagem suficiente para se conectar o fio de nylon ao gancho.

 

O estabilizador é colado a fuselagem com cola epóxi lenta, em seguida seu comando é conectado ao servo correspondente. A deriva é colada em seguida, sua parte móvel só será colada após a entelagem, a conexões é feita exatamente como a do estabilizador.


  16 de fevereiro de 2005.

 

A fuselagem é inteiramente chapeada com balsa de 3 mm. Os painéis de balsa são colocados entre cada caverna, a balsa deve ser leve e macia para se moldar a estrutura mais facilmente, eu sempre realizo um pré ajuste antes de colar, em seguida, mergulho a peça em água, e a deixo secar sobre um tubo, a colagem das placas é feita com cola vinílica. O aspecto final é o de "costelas de cavalo" que é bem realista.

Os percevejos devem ser de boa qualidade, ou seja, com uma ponta extra fina, os meus, por exemplo, eu os tenho há 25 anos! Eu os guardo espetados em uma vela, assim conservo as pontas afiadas e a parafina auxilia na aplicação dos mesmos sobre a madeira.

  
19 de fevereiro de 2005.

 

Uma vez a fuselagem completamente chapeada, será necessário lixar a madeira, atenção para não lixar em demasia a união de cada painel, e assim perder o aspecto de "costelas de cavalo". Os buracos dos percevejos e outras fendas serão recobertos com massa de acabamento (p ex. dope+ talco). O nariz é composto de uma "alma" de compensado de 1 mm, seguindo a forma demonstrada na planta, em seguida são colados 4 pedaços de balsa. Uma passagem é feita para o cabo de reboque. O nariz é colado sobre a fuselagem. A forma final é obtida com um estilete, e uma lixadeira manual.

O grande trabalho do fuselagem foi finalizado

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26 de fevereiro de 2005.

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Album de foto do modelo original - Austria

 

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O MG19b para o simulador FMS